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quinta-feira, 4 de junho de 2009

A ORIGEM DO TARÔ



Descrição:

A palavra tarô na língua portuguesa (ou em outras línguas: tarot, tarock, tarok, tarocco, tarocchi etc) não possui uma tradução específica, ninguém sabe ao certo sua real etimologia contudo, podemos entender que a função de seus jogos e estudos seja revelar "um novo caminho ou postura perante os objetivos". Ele é considerado um alfabeto simbólico composto por imagens arquétipicas as quais estão baseadas na vida humana em seu complexo sentido de começo-meio-fim. O tarô também pode ser considerado como um diagrama da vida, uma mensagem do inconsciente ou até a ponte entre o plano terrestre e o espiritual. Assim, neste contexto, o tarô serve tanto para uma orientação psicológica ou terapêutica quanto para a adivinhação ou predição do futuro; também, para muitos, é considerado o melhor veículo para o autoconhecimento.
O tarô tradicional possui 78 cartas, cada qual é denominada de arcano, palavra que significa "mistérios ou segredos a serem desvendados" e foi incorporada pelos ocultistas do século XIX que até então se chamava trunfos. Atualmente, tanto os estudiosos quanto as modernas editoras estão tentando desmembrar o que seja um tarô ou não e, geralmente, se tem classificado de baralho ou cartas tudo aquilo que não seja os peculiares 78 símbolos do tarô tradicional. Por exemplo, as cartas ciganas, as cartas xamânicas, as cartas dos anjos etc - todas possuem um espetacular valor e, no entanto, suas imagens arquetípicas estão
ESTRUTURA
O tarô é constituido de 78 arcanos e se encontra dividido em dois grandes grupos:
Arcanos maiores
1) Os arcanos maiores possuem 22 símbolos arquetípicos que revelam os estados latentes das idéias e possibilidades da vida, a saber:
O Mago
A Sacerdotisa - A Papisa
A Imperatriz
O Imperador
O Hierofante - O Papa
Os Enamorados
O Carro
A Justiça
O Eremita
A Roda da Fortuna
A Força
O Enforcado
A Morte (o arcano sem nome)
A Temperança
O Diabo
A Torre
A Estrela
A Lua
O Sol
O Julgamento
O Mundo
O Louco (o arcano sem número)
Arcanos menores
2) Os arcanos menores que expressam os resultados e as formas das idéias, contidos no primeiro conjunto, possui 56 arcanos distribuídos por quatro símbolos básicos: o Naipe de Ouros, o Naipe de Espadas, o Naipe de Copas e o Naipe de Paus. Por sua vez, cada naipe, possui dez arcanos numerados e quatro arcanos com figuras da corte medieval (Valete, Cavaleiro, Rainha, Rei).
Naipe de ouros
O naipe de ouros esta relacionado à nossa vida material,ás nossas conquistas financeiras, as conquistas profissionais e emfim a tudo que representa aquilo que pode ser tangivel em termos materiais. No naipe de ouros existe a possibilidade de com trabalho, disciplina e esforço nós conseguirmos conquistar a nossa segurança material. O ser humano é ambicioso e a ambição tem relação como o naipe de ouros. Outra característica do naipe de ouros é a dedicação, o esforço, o empenho que dedicamos nos estudos e no trabalho.
Naipe de Espadas
O naipe de espadas liga-se ao elemento ar e está relacionado ao poder ambivalente da mente e do pensamento.

Naipe de Copas
No tarot, o naipe de copas é ligado à água e ao mundo dos sentimentos, sendo o símbolo da taça relacionado com o coração, como receptáculo das nossas emoções.
Naipe de Paus
O naipe de paus corresponde ao antigo elemento fogo que a tudo transforma sem ser alterado, representado pelo bastão, e está ligado ao fazer e à criatividade.



MÉTODO
A leitura do tarô é executada por meio de uma técnica específica, jogos e métodos a serem estudados. Porém, se tem observado não ser tão simples jogar o tarô, como o imaginário popular o faz crer. Médiuns, escolhidos ou estudiosos? Quem detém o conhecimento? Todos. No entanto, cada qual dentro de seu contexto. Lógico que em um processo mediúnico, o tarô, seria uma ligação espiritual entre o ser e o plano superior como qualquer outro instrumento o faria, tais como, a cristálomancia ou a piromancia. Por outro lado, existem as técnicas de leitura que com esforço, estudo e dedicação pode-se chegar ao mesmo ponto, neste caso, por pessoas que estão buscando o autoconhecimento e o desenvolvimento espiritual.

ORIGEM
Muito se tem discutido sobre a origem das cartas de tarô onde alguns estudiosos afirmam que possua uma linhagem egípcia, indiana ou chinesa; no entanto, os mais antigos documentos e cartas de tarô (aquelas que lembram os baralhos ciganos) que se tem notícias são de origem italiana, francesa e espanhola - todas datando entre o século XV e o século XVI. Como por exemplo, o tarô de Visconti-Sforza produzido em Milão (Itália) por volta de 1450, ou ainda, o tarô de Jacques Vieville datado de 1623, Paris (França). Há controvérsias sobre seu uso original; pois alguns escritores ditam que ele foi criado para servir de divertimento aos nobres (existe um jogo italiano com o baralho completo de tarô que se chama Tarocchi ver: Tarô (jogo)) e outros enfatizam que continha segredos mágicos ocultos.
No entanto, é inegável que por muitos séculos tanto o aspecto lúdico quanto o adivinhatório foi desenvolvido simultaneamente. Pode-se afirmar que somente a partir do século XVIII com os primeiros estudos do mitólogo Antoine Court de Gebelin, seguido de seu discípulo ocultista Etteilla e, no século XIX, pelos cabalistas Eliphas Lévi e Papus (Gerard Encausse) e, também, por meio dos magistas Mac Gregor Matters, Aleister Crowley e Arthur Edward Waite é que o tarô se fortaleceu como uma arte totalmente mística e esotérica até os nossos dias. Atualmente, poucos lugares no mundo se joga o tarô como uma arte lúdica, a maioria o utiliza como uma ferramenta de autoconhecimento e orientação espiritual. Porém nem todos são assim, portanto cuidado, leia o tarot com pessoas com quem você confia, além disso a confiança é um papel importante no mundo dos negocios não é?

REFERÊNCIAS
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Banzhaf, Hajo. Manual do Tarô. Ed. Pensamento, 1992.
Banzhaf, Hajo. O Tarô e a Viagem do Herói, Ed. Pensamento, 2003.
Camargo, Pedro. Iniciação ao Tarô. Ed. Nova Era, 1992.
Dicta e Françoise. Mitos e Tarô. Ed. Pensamento, 1990.
Fiorovante, Celina. O Tarô da Prosperidade. Ed. Ground, 1995.
Heyss, Johann. Tarot de Thot. Ed. Nova Era, 2000.
Gad, Irene. Tarô e Individuação. Ed. Mandarim, 1996.
Gwain, Rose. Descobrindo seu interior através do Tarô. Ed. Cultrix, 1996.
Kaplan, Stuart. Tarô Clássico. Ed. Pensamento, 1989.
Lerner, Isha & Mark Lerner. Tarô da Criança Interior. Ed. Pensamento, 1997.
Lyle, Jane. Tarô do Amor. Ed. Siciliano, 1994.
Martins, Vera. Tarô de Marselha, espelho meu. Ed. Madras. 2000.
Montanaro, Mário. Tarô, espelho da alma. Ed. Nova Fronteira, 1996.
Moraes, Regina. O Tarô dos Salmos. Ed. Nova Era, 1994.
Naiff, Nei. Curso Completo de Tarô (acomp/78 cartas), Editora Nova Era, 2002.
Naiff, Nei. Tarô, Carma e Numerologia, Editora Nova Era, 2005.
Nichols, Sallie. Jung e o Tarô. Ed. Cultrix, 1987.
Pramad, Veet. Curso de Tarô e seu uso Terapêutico, Ed. Madras, 2003.
Osho. Osho Zen Tarô. Editora Pensamento, 1998.
Rodés, Daniel-Sánchez, Encarna. Libro de Oro. Palmyra ediciones, 2006.
Sharman-Burke, Juliet & Liz Greene. O Tarô Mitológico. Ed. Siciliano, 1988.
Steiner-Geringer, Mary. O Tarô e o Autoconhecimento. Ed. Pensamento, 1989.
Vasconcelos e Marques, Ednamara B. O Tarô, a Função Terapêutica, Independente, 2004.
Zolrak. O Tarô Sagrado dos Orixás. Ed. Pensamento, 1997.
Michael Dummett, The Game of Tarot (Duckworth 1980)
Michael Dummett y John McLeod, A History of Games Played with the Tarot Pack (Edwin Mellen Press, 2004)



O que são oráculos?
Os oráculos são uma poderosa ferramenta para o auto-conhecimento, sendo utilizados para orientação e esclarecimento e trazendo novas perspectivas sobre determinada situação. Ao contrário de serem simples ferramentas de adivinhação, suas respostas estimulam reflexões, apontam tendências e possíveis desenvolvimentos e espelham a situação atual de quem pergunta. Assim como uma bússola indica os quadrantes, os oráculos podem indicar, de forma incomum, o caminho a seguir ou a melhor forma de trilhá-lo. Muitos reis, imperadores ou faraós fizeram uso dos sistemas divinatórios, e muitas decisões importantes no decorrer da história humana foram orientadas por sacerdotes que usavam algum tipo de oráculo.
Os oráculos podem se apresentar em forma de cartas, conchas, cascas, sementes, cálculos, mapas, café, chás, búzios, ossos, varetas, moedas entre outros objetos utilizados desde o início. Os oráculos podem ser muito precisos, contudo, é importante que haja uma sintonia entre o consulente e a pessoa que manuseia o oráculo. Eles podem dar detalhes do passado, do presente e apontar tendências do futuro, mas é importante que as perguntas sejam sempre claras e diretas para que as respostas também o sejam.


BARALHO CIGANO

O baralho cigano é o oráculo mais utilizado pelo povo cigano para fazer previsões e mostrar caminhos. É utilizado geralmente pelas mulheres, que são quem, dentro desta cultura genuinamente, tem o poder das artes divinatórias, pois trazem em seu interior a energia da lua (o oculto), tendo a luz da vidência , o dom do sentir, pressentir e interpretar.
O baralho cigano difere do tarô tanto no formato como no número de cartas: enquanto o tarô é formado por arcanos maiores e menores, o baralho cigano é constituído de 36 cartas, que são devidamente numeradas e desenhadas com o objetivo de orientar as pessoas em todos os aspectos de sua vida. Ele nos mostra caminhos, coisas que estão acontecendo e que ainda não foram conscientizadas e que se forem de alguma maneira, vão nos ajudar a passar por problemas ou encontrar novas formas de viver.
Suas figuras simples e objetivas despertam em qualquer um lembranças que permitem que as associações sejam feitas sem muito esforço. As cartas trazem arquétipos, os quatros elementos fogo, terra, ar e água e símbolos da natureza como árvores e animais. A interpretação das cartas é realizada associando a sequência das mesmas e a energia intuitiva que aflora no momento da leitura aponta revelações e orienta os caminhos.
O consulente pode perguntar ao tarólogo o assunto que o interessa no momento ou ainda pedir um panorama geral, restringindo assuntos que não interessem ou aprofundar os de seu interesse. A consulta de baralho cigano pode fornecer muito mais do que informações sobre tendências e possibilidades do momento, pois também convida-nos a analisar as causas profundas que originam tais tendências: nossas motivações e atitudes de nossos semelhantes, incitando-nos a meditar sobre as inumeráveis facetas da natureza humana em permanente mutação.

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